03. A Máscara - A

... para a castigar de vez por tudo o que me disse ao longo da vida, por ter sido sempre a favorita da família, agora sei que era por ser a única filha biológica, e também para castigar os meus pais por todo o desprezo dado. Numa das caixas que trouxera da minha casa com roupa estavam as minhas luvas e o meu gorro, o material que usava em ocasiões de vital importância.
Já estava escuro, o frio instalara-se, a chuva batia nos vidros, ouvi a porta do quarto a bater, ela estava a sair, os passos na escada, o interruptor da luz, a porta principal a bater. Guardei as chaves no bolso do casaco preto e meti as luvas e o gorro, depois saí atrás dela.
Não havia ninguém na rua, ela ia uns metros à minha frente debaixo de um chapéu quando reparei que nos estávamos a aproximar de um beco, acelerei o passo e agarrei-a por trás puxando-a para dentro deste, ela tentou gritar mas tapei-lhe a boca e não saiu som algum, apertei-lhe o pescoço até a deixar sem ar o que a levou a desmaiar acabando estendida no chão.
Enquanto não acordava reparei que num canto do beco existia uma bacia com água da chuva ideal para a torturar e no chão um excelente pano para servir de mordaça. Depois de lhe amarrar o pano na boca, dei-lhe um par de estalos e ela acordou, olhou para mim e não me reconheceu por causa de ter a cara coberta com o gorro, puxei-a pelos cabelos até perto do bacia, ela tinha espasmos de dor, mas merecia sofrer.
Peguei-lhe na parte de trás do pescoço e enfiei-lhe a cabeça dentro da água da bacia deixando-a ali sem poder respirar, repeti aquilo algumas vezes, ela estava quase a desmaiar quando resolvi animar um pouco as coisas, agarrei-a com força numa mão e com a outra levantei o gorro, ao ver que era eu a sua expressão de pânico só aumentou.
- Surpresa, sou eu! - Sorri. - Como podes ver estou a andar, nada é impossível! E tenho mais uma coisa para te dizer antes de te afogar ... A tua querida avó não se matou, eu é que a mandei matar! - Ri-me triunfante ao ver os seus olhos de terror. 
Depois empurrei a cabeça novamente para dentro da bacia e desta vez não a retirei, a resistência dela estava muito fraca, a sua força estava a diminuir até que simplesmente parou. Por via das dúvidas deixei-a ficar dentro de água durante mais uns minutos, depois tirei-lhe a cabeça da bacia e a mordaça e deixei-a ficar morta no chão, enquanto regressava para casa para o meu encontro com a Mirna.
Nessa noite, fizemos sexo pela primeira vez.

Próximo capítulo, aqui.


E agora?

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