04. Tréguas - A

... ao abrir a porta fiquei surpreso ao ver ali a Arya, estava bastante preocupada com o Isaac, percebi logo que a Mirna lhe tinha contado, perguntou-me se poderia entrar e eu desviei-me para lhe dar passagem, ela correu para junto dele.

Ele que tinha acordado com o toque da campainha surpreendeu-se ao vê-la ali.

- O que estás aqui a fazer? - Questionou com voz de sono.

- Oh minha nossa, estás com péssimo ar. - Disse ela chocada. - Estás bem?

- Com algumas dores mas bem, dentro do possível ... - Foi interrompido por um beijo dela nos seus lábios. A Mirna sorriu dando-me um abraço feliz por eles.

- Amo-te! - Confessou ela.

- E eu a ti! - Fez uma pequena pausa. - Desculpa ter sido um idiota durante este tempo.

De repente vi-a sentar-se junto dele, teve uma tontura, a Mirna foi logo buscar-lhe um copo de água com açúcar.

Com um pouco de receio fiz-lhe a pergunta que me andava a atormentar a cabeça, ao questioná-la se estava grávida o meu irmão ficou de boca aberta a olhar para ela, imediatamente esta negou e disse que era uma indisposição passageira, não acreditei naquela desculpa mas aceitei.

Depois de meia hora de conversa voltaram a tocar à campainha, eram os nossos pais biológicos, deixei-os entrar depois de ter perguntado ao Isaac qual a sua opinião, quando viram o seu estado encheram-no de perguntas mas todas ficaram sem resposta, eu também não lhas dei.

Ao perceberem que não tinham retorno largaram a bomba, anunciaram que iriam viajar para o estrangeiro, aplaudi de pé e disse-lhes que já iam tarde, fui abrir a porta e expulsei-os sem sequer me despedir.

A Arya depois deles saírem perguntou ao Isaac se queria voltar para a casa dela, eu pisquei-lhe o olho servindo de incentivo, este aceitou dando-lhe um beijo.

Apesar de tudo eu e o Isaac somos os únicos que se compreendem completamente, eu e ele somos uma família.

Próximo capítulo, aqui.

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