outubro 11, 2015

01. Quarto Negro

Página da primeira temporada, aqui.

01. Quarto Negro

Depois de um mês a observar a casa e as rotinas daquela família tinha finalmente chegado o dia. 

Eram 22h00 quando entrei pela janela das traseiras da casa, a minha doce primeira vítima só iria chegar dentro de vinte minutos dos seus treinos de dança. O acesso da janela tinha-me dado entrada para a sala, os quartos eram no piso superior.
Como ainda tinha tempo decidi explorar um pouco mais da casa para ver se existia alguma mudança, mas não, estava tudo igual, não havia nada de diferente desde há três dias. Nenhuma revista ou jornal novo, nenhuma fotografia que eu ainda não tivesse visto. Decidi subir e dirigir-me para o quarto dela, quando entrei reparei que estava tudo perfeitamente arrumado. Por cima da cadeira da secretária estava o casaco dela, aproximei-me e peguei nele levando-o depois contra o meu rosto para o poder cheirar e sentir o aroma dela, aquela era a forma de a ter perto de mim antes desta chegar.
Depois de conviver com ela durante dois anos e nunca ter reparado na nossa ligação, há dois meses tudo mudou e comecei a sentir que ela me pertencia.
Olhei para o relógio da mesa de cabeceira dela e já só faltavam cinco minutos para o autocarro chegar ao outro lado da rua e ela entrar em casa. Meti a mão no bolso do casaco para verificar se lá estava o material, depois saí do quarto dela e fui-me esconder no dos pais que àquela hora estavam no trabalho, a mãe era uma atriz aclamada e o pai um homem de negócios.
Espreitava discretamente pela janela até que vi o autocarro e ela a sair dele, momentos depois ouvi o trinco da porta a abrir e a fechar, a seguir os passos na escada e por fim ela a entrar no quarto. Aguardei uns minutos e como tinha previsto segundos depois ouvi a água da banheira, ela estava a tomar banho. Não resisti e sai do quarto dos pais silenciosamente, abri a porta do quarto dela e dirigi-me para a sua casa de banho, espreitei pela abertura e consegui ver o seu perfil nu enquanto ensaboava o corpo. Apesar dos seus dezoito anos já tinha o corpo de uma mulher, a vontade de entrar estava a ser cada vez maior, queria dar-lhe tranquilidade já, mas resolvi esperar e ir trancar-lhe a porta do quarto para não poder escapar.
Enquanto esperava sentei-me na cadeira da sua secretária, ela devia estar a acabar, num canto estava o diário dela, imediatamente comecei a ler as últimas páginas, reparei que sabia tudo o que ali estava e mais ainda. A torneira fechou e ouvi-a a sair da banheira, tinha-me perdido na leitura, levantei-me e corri para o roupeiro escondendo-me lá dentro, deixando apenas um espaço aberto para conseguir ver. Ela abriu a porta, estava só embrulhada numa toalha, secou-se e vestiu umas cuecas e um soutien, ambos de renda preta, a seguir dirigiu-se para o espelho do quarto e começou a embelezar-se ao espelho.
A altura tinha chegado, era naquele momento que tudo ia acontecer. Sai do armário silenciosamente e meti a mão ao bolso agarrando o punhal. A seguir pronunciei o seu nome.
- Kiara!
O corpo dela reagiu instintivamente dando um pulo, virou-se e recuou batendo com as costas no espelho.
- Co ... Co ... Como é ... é que en ... entrou aqui? - Perguntou-me ela gaguejando enquanto me encarava com os olhos bastante abertos.
- Não precisas de ter medo de mim! Isto não vai doer nada. - Disse sorrindo enquanto me aproximava dela. Nesse momento ela fugiu em direção à saída. - Não vale a pena. Eu tenho a chave! - Disse-lhe empurrando-a contra a porta.
Ela estava a chorar, eu não queria isso, portanto obriguei-a a parar. Agarrei-a num braço e levei-a de rastos para a cama, ela contorcia-se enquanto gritava por ajuda. Dei-lhe dois estalos e mandei-a para a cama, depois subi para cima dela.
- Por favor, não me viole. - Pediu-me suplicando enquanto tentava soltar os braços que eu lhe agarrara. - O que quer de mim? - Perguntou a chorar, enquanto se agitava na cama. 
Não lhe respondi. Prendi-lhe os braços com as minhas pernas e tirei o punhal do bolso do casaco. A seguir com a lamina comecei a percorrer o corpo dela, cortei-lhe o soutien, arrancando-o depois, o seu peito estava a descoberto. Apesar de tudo não estava excitado, só lhe queria proporcionar paz. Ela olhava para mim de uma forma estranha, quase como se estivesse apavorada, mas não tinha razões para isso eu só queria o bem dela.
Levantei o punhal e pedi-lhe para relaxar, depois cravei-lho no coração. Nesse momento ela gemeu e deitou uma lágrima pelos seus belos olhos cor de amêndoa. Saí de cima dela deixando-lhe o punhal cravado, limpei-lhe as lágrimas e fechei-lhe os olhos. Afastei-me e vi-a deitada como se estivesse a dormir, o seu sangue começava a cobrir cada vez mais o tecido da cama. Abri a porta e saí do quarto. Comigo trouxe o soutien para recordar aquele belo momento. 
A mãe dela estava quase a chegar a casa portanto saí pela porta e sentei-me no banco em frente à casa, no outro lado da rua à espera.
Sem falhar oito minutos depois apareceu a mãe dela que estacionou na garagem. Estava-me a levantar para ir embora quando ouvi um berro desesperado, a vítima tinha sido encontrada.
Na minha posse já tinha a primeira recordação, o soutien, mas ainda faltavam quatro!
Ele foi o próximo ...


Próximo capítulo, aqui.

E se acontecesse contigo?

2 comentários:

  1. É por estas e por outras que decidi começar a fazer Krav Maga. Porque isto é uma realidade: nem na nossa própria casa estamos em segurança, infelizmente.

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    1. Se fosses tu quem levava com o punhal era ele! =P Foi o que tentei criar e ainda bem que consegui passar isso.

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